O dia a dia profissional pode ser aperfeiçoado a partir do entendimento dos principais tipos de liderança. No mercado, existem diversos modelos de gestão, que podem se complementar, bem como agregar aos diferentes perfis de funcionários e necessidades que cada equipe pode necessitar.
Estudar e conhecer as teorias dos principais tipos de liderança existentes parte do princípio da observação da relação entre líder e liderados. Entender como o gestor orienta a própria conduta traz reflexos e impactos diretos no desempenho e na produtividade da sua equipe.
Antes, acreditava-se que um líder já nascia com esta habilidade. No entanto, hoje é cada vez mais difundido o conceito de que não existe uma relação direta entre um determinado traço de personalidade e ser, efetivamente, um líder.
Entenda, abaixo, os tipos de liderança de acordo com os perfis pré-existentes, de modo a entender qual faz mais sentido com a cultura organizacional da sua empresa neste momento. Lembre-se de entender que existe uma grande diferença entre cargos de chefia e perfis de liderança. Boa leitura!
Liderança autocrática
Dentre os tipos de liderança existentes, a autocrática é aquela em que o gestor assume o centro das atenções, centralizando as ações. Aqui, os subordinados devem se contentar a seguir as determinações do seu chefe, sem espaços para questionamentos ou novas ideias.
Este estilo pode trazer insatisfação e desmotivação entre os colaboradores, tornando o ambiente de trabalho mais sujeito a possíveis atritos. É possível que subordinados a líderes autocráticos desenvolvam comportamentos de frustração, agressividade e autoproteção.
Durante a execução de suas demandas, estes colaboradores não costumam exercer a atividade com satisfação, trabalhando com maior incisão somente diante do chefe. Pesquisas de clima costumam captar esta situação com facilidade.
Liderança liberal
Do lado antagônico do líder autocrático, dentre os tipos de liderança existentes podemos destacar o líder liberal. Aqui, as pessoas costumam apresentar maior produtividade no início da execução de demandas, mas deixam a necessidade de prestar contas afetar o transcorrer do cotidiano.
Neste caso, por mais que os colaboradores até tenham boas intenções, a ausência de uma liderança mais firme pode trazer muitas discussões por uma falta clara de coordenação de equipe.
Lideranças liberais se valem da suposição de que seus subordinados já possuem maturidade suficiente, não necessitando de uma supervisão frequente. Com este estilo, o gestor tende a ser mais ausente e não trazer as orientações e feedbacks com frequência.
Os tipos de liderança liberal costumam crer que deixar o grupo com autonomia para tocar as tarefas pode estimular a criatividade e produtividade. Mas a ausência desta coordenação e direcionamento pode trazer poucas referências da qualidade do trabalho executado, prejudicando o desempenho do time.
Com o transcorrer do tempo, as tarefas começam a se desenvolver ao mero acaso, com oscilações e perda de tempo com discussões improdutivas, mais focadas no aspecto pessoal das relações de trabalho do que nas profissionais. Este estilo pode trazer individualismo a cada membro da equipe e baixa confiança e respeito pela autoridade do líder.
Liderança democrática
Dentre os tipos de liderança, conceituamos como democrática aquela que incentiva os seus subordinados a participarem, deixando campo aberto a sugestões e opiniões. O líder democrático tende a facilitar processos, esclarecer dúvidas e apoiar a equipe na criação de novas soluções.
Este perfil de gestor se preocupa verdadeiramente com a boa execução e andamento das demandas, sem deixar de prezar pela qualidade de vida e pela motivação pessoal e profissional de seus funcionários.
Este líder costuma ter um perfil participativo, colaborador e analítico, trazendo dicas, conselhos, ouvindo ideias e dando feedbacks que ajudam no desenvolvimento coletivo.
Este estilo fortalece um melhor relacionamento entre os membros de uma mesma equipe, superando ruídos de comunicação e aumento da responsabilidade e senso de coletividade e cooperação.
Liderança situacional
Trazendo mais um dos tipos de liderança recorrentes, podemos falar a respeito da situacional. Neste caso, entendemos uma liderança bem-sucedida como aquela que consegue modificar seu comportamento frente às reais necessidades e individualidades de seus liderados.
Assim sendo, é preciso saber reconhecer o grau de maturidade de um determinado colaborador, levando em consideração também a situação a ser analisada. A maturidade pode ser identificada pela capacidade de execução do trabalho, ante a motivação do liderado com relação à tarefa que ele precisa desempenhar.
No dia a dia, o líder situacional costuma se ver diante de alterações tanto no empenho, quanto na capacidade técnica de seu colaborador para a execução de determinada atividade.
Cada uma das situações vai exigir destes tipos de liderança um perfil modelado à própria realidade. Podemos citar como exemplos abaixo:
- Subordinados com pouca experiência, mas alto empenho, o líder precisa trazer uma boa orientação para o desenvolvimento de suas funções;
- Liderados com baixo empenho, mas alguma competência, o gestor deve estimular direção e estímulo para que o indivíduo restabeleça seu comprometimento;
- Profissionais com competência de média a alta, mas empenho variável, devem receber do líder um apoio para que sejam estimuladas autoconfiança e motivação;
- Aos colaboradores com alto empenho e alta competência, cabe ao gestor delegar maiores responsabilidades.
Diferenças entre líder e chefe
Conforme já mencionado, existe um abismo entre possuir capacidade de liderança e ser, simplesmente, um chefe. É possível encontrar naqueles com perfil para chefia uma liderança autocrática.
Em outras palavras, o chefe costuma ser autoritário, apresentando dificuldades em compartilhar seus conhecimentos e assumir as próprias responsabilidades. Por esta razão, tenta concentrar para si tarefas mais importantes, sendo centralizador e raramente depositando confiança para a execução de projetos mais importantes em seu time de liderados.
Com este perfil, poucas sugestões são aceitas, não há preocupação com o clima organizacional, nem são feitos feedbacks edificantes ou reconhecimento e valorização do empenho e das competências de determinados funcionários.
Em contrapartida, o líder se preocupa sim com os melhores resultados, mas busca o auxílio de seus profissionais delegados para uma cooperação chamada trabalho de equipe. Aqui, são potencializados e valorizados conhecimentos e habilidades de cada um dos perfis de um time, podendo deixar as portas abertas para ouvir novas ideias, sugestões e soluções.
O líder tende a apostar no diálogo e na troca de informações entre subordinado e coordenador, colocando o bem-estar e a qualidade de vida em foco dentro da empresa. Em geral, este perfil costuma receber a admiração e o respeito de seus funcionários.
Agora que você já entendeu os tipos de liderança existentes e certamente já pode compreender qual é o perfil mais adequado para comandar projetos e operações dentro do escopo da sua organização, talvez seja a hora de partir para outras leituras dos nossos conteúdos sobre gestão e empreendedorismo!